Blog do Projeto Teatro e Transformação Social - TO na Escola.
domingo, 25 de outubro de 2009
Ofina de Formação de multiplicação em Rolândia
A oficina deu-se no período da manhã onde 17 adolescentes participaram. Alguns deles já fizeram a escola de circo e outros (poucos) participaram da oficina de TO no projeto FERA.
Iniciamos com o exercício “Chuva Italiana” (ou colombiana?? Enfim, não lembro o nome!!). Na sequência, fizemos a demonstração de Teatro Fórum com o exercício “Os três que dizem não”. O exercício da segunda categoria utilizado foi a “Máquina de ritmos”, mas não houveram muitas adesões uma vez que eram sempre os mesmo que participavam, inclusive fizeram a “máquina do terror” mas, como a maioria dos adolescentes são mais tímidos, o exercício não foi finalizado (aumento da velocidade e redução desta até a estagnação) pois os estudantes ficaram facilmente cansados. O interessante deste exercício é que os alunos não tinham problema em se tocarem, o que fez a máquina ficar com mais “acessórios” e estes o aproximavam do movimento e da estrutura.
Em seguida fizemos o JICP “As duas revelações de Santa Tereza”, onde os alunos criaram problemáticas interessantes e, após a conclusão deste, a classe foi organizada para a contação de histórias. Nestas duas últimas “dinâmicas” foi notável uma maior participação dos alunos presentes, que pareciam (ao menos em sua maioria) pertencerem à mesma sala e/ou série. As histórias eram bem variadas e se aproximavam do “universo adolescente” e não apareceram, por exemplo, relatos de problemas no trabalho, o que é mais comum acontecer com pessoas que exercem algum tipo de profissão, mas apareceu situação de opressão com uma adolescente grávida. Porém o tem a que ficou delimitado foi a traição da melhor amiga através do “roubo” do namorado; tema que eles mesmos escolheram por identificação e alguns comentários interessantes sobressaíram a respeito.
A partir deste tema, foi solicitado que eles construíssem uma imagem sobre o assunto e quase todos participaram (apenas três ficaram de fora) e, para completar o exercício, a Débora pediu que eles fizessem um monólogo interior dos personagens ali representados, o que possibilitou uma maior dinâmica sobre a imagem. Depois eles justificaram sua postura neste exercício, por exemplo, a maioria das meninas tomaram partido da oprimida simulando situações em que a outra menina (opressora) sofria violência física (o que aconteceu na realidade, mas isso não vem ao caso agora) e alguns meninos representaram o lado do namorado simulando situações em que este era reverenciado por “ficar” com duas meninas ao mesmo tempo e os próprios alunos reconheceram o machismo introjetado existente em nossa sociedade a partir dessas observações. Na seqüência, a oprimida reproduziu cenicamente alguns momentos que se deu o embate realmente, sendo que a oprimida fez o papel da opressora possibilitando visualizar a forma que ela enxerga toda a situação.
Por último, dividimos os presentes em três grupos para ajudar na composição da peça onde cada um cuidou de aspectos específicos. Um grupo trabalhou a imagem (inclusive a cenografia do espaço), outro trabalhou com a palavra (formando versos e poesia para se encaixarem na peça) e, por último, o som (que foi criado a partir do próprio corpo dos presentes). O problema é que não deu tempo de verificar todos os trabalhos prontos e nem para o ensaio.
Érica Martins
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Oficina de multiplicadores - FTO Londrina
Oficineiros: Débora Oliveira e Ton Joslin.
A oficina começou com uma abordagem teórica, onde se tratou dos pressupostos teóricos-metodológicos do Teatro do Oprimido, assim como, seu surgimento e o papel da Fabrica de Teatro do Oprimido (FTO) no processo de divulgação e formação do método. Após essa introdução foi explicado aos alunos quais os objetivos do projeto Teatro do Oprimido nas escolas, patrocinado pela SETI a partir do projeto "universidade sem fronteiras".
Ao começar a aplicação dos jogos e exercícios nos atemos a explicar as cinco categorias que se dividem esses jogos.
_ 1ª Categoria: Cruz e circulo- Exercício importante para a visualização de como nosso corpo é mesmo mecanizado.
_ 2ª Categoria: Hipnotismo Colombiano- Foi percebido um entrosamento rápido do grupo nesse exercício, responderam muito bem ao exercício e procuraram movimentar bem o corpo. O exercicio foi interrompido na metade por questões burocráticas do colégio, mas não prejudicou muito, apenas desconcentrou o grupo um pouco.
_ 3ª Categoria: 1,2,3 de Bradford - Um pouco de euforia da turma, demoraram um pouco para conseguirem se concentrar, mas ao final conseguiram e o jogo atingiu seu objetivo.
_ 4ª Categoria: Floresta de Sons: Bom andamento, ao final desse exercício um dos participantes disse do medo de ficar de olho fechado, se abriu um pequeno debate de como a visão é um sentido predominante no ser humano.
_ Completar imagens: Muito proveitoso, na aplicação no exercício ouve uma grande receptividade por parte da turma, selecionamos três imagens para se conversar ao final e foi predominante as analises sobre conflitos familiares por parte do grupo.
_ Briga de Galos: Surpreendente os resultados desse jogo, mais uma vez se aflorou o âmbito das opressões familiares, e em alguns casos a cena se encerrou com a encenação brigas no braço e também morte por tiros.
Não foi possível avançar para a demonstração do teatro-fórum, pois o atraso no inicio da oficina acabou fazendo falta. Ás 12 horas badala o sinal e se encerra a oficina.
Ton Joslin
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Oficina de formação de multiplicadores – FTO Londrina
Descrição de oficina formativa no Colégio Estadual Villanueva em Rolândia/ PR
Multiplicadores: Ton Joslin e Débora Oliveira.
O transporte no qual fomos para o Colégio se atrasou em torno de 40 minutos, chegamos ao colégio Villanueva por volta das 8h30min, dando início a oficina de Teatro do oprimido às 8h40min.
Inicialmente estávamos esperando encontrar um grupo formado essencialmente por professores e funcionários do colégio, mas fomos surpreendidos por uma turma de 22 pessoas, adolescentes estudantes do Ensino Médio. Tentamos usar o retro projetor pra que visualizassem as transparências que Ton preparou para expor a parte teórica da oficina, explicando os pressupostos básicos do Teatro do Oprimido, o objetivo do Projeto Teatro e Transformação Social-Teatro do Oprimido nas Escolas e a exposição da Árvore do Teatro do Oprimido por Débora.
Demos início aos exercícios, jogos e técnicas, tentando ao máximo sermos bem claros na explicação e dinâmicos na aplicação dos exercícios, pois estávamos em desvantagem devido ao atraso inicial.
Os exercícios, jogos e técnicas aplicadas foram:
- A cruz e o círculo (como aquecimento, pois demonstravam uma resistência para levantarem e participar efetivamente),
- Hipnotismo Colombiano -> a partir do aquecimento, formaram as duplas sem resistência para fazer o exercício, um pouco de barulho, risadas, uma pequena interrupção de alguns monitores da Semana de Sociologia, mas não comprometeu a compreensão do princípio básico do exercício: desmecanização física,
- 1, 2, 3 de Bredford -> tudo correu tranquilamente, fizeram suas observações sobre o exercício, acharam engraçado, participação efetiva,
- Floresta de Sons -> também um pouco de confusão, risadas, mas foi normal.
- Tivemos um intervalo às 10h30min e retornamos às 10h50min.
- Completar a imagem -> aplicamos a primeira etapa, devido ao tempo, mas as interpretações que surgiram através das imagens criadas por eles, em sua maioria tratavam de opressões do âmbito familiar,
- Briga de galos -> mais uma vez, temas de opressão familiar, relação de pais e filhos, entre irmãos e alguns referentes às amizades da escola. Surgiram no jogo representações de violência física, tanto corpo a corpo, como armada. No mínimo uma irregularidade que nunca havíamos presenciado nesse jogo.
Infelizmente não foi possível aplicar a Demonstração do Teatro Fórum, assim que o sinal das 12h tocou, eles ficaram impacientes para ir embora, com exceção de alguns, mas decidimos por retomar no segundo dia, já que metade dos alunos haviam ido embora. No entanto, saíram da oficina muito empolgados, fizeram perguntas sobre o teatrólogo Augusto Boal, um deles nos descreveu um exercício utilizado no seu grupo de teatro da cidade, enfim pudemos perceber que se interessaram bastante pelo Teatro do Oprimido.
Débora Oliveira.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Oficinas em Assai
As oficinas fazem parte de um projeto da escola, Semana Cultural, onde todos os sábados oferecem oficinas de Arte e Esporte.
Foram ministrados até o momento duas oficinas, para alunos do ensino fundamental e médio, como uma forma de introdução às técnicas e ao fazer teatral do Teatro do Oprimido, praticado pela FTO.
No dia 03/10 foi o primeiro encontro, onde aplicamos as cinco categorias de exercícios do Teatro do Oprimido. O grupo é formado por cerca de 15 alunos, de 12 a 17 anos.
Por ser um grupo amplo, praticamente composto apenas de meninas, a concentração deste primeiro encontro foi pouca. Foi difícil fazê-las entender a importância de cada jogo ou exercício.
No segundo encontro no dia 11/10, passamos novamente por exercícios das cinco categorias e começamos a executar a contação de historia, parte fundamental para criação da cena-fórum.
A turma foi dividida em dois e suas historias selecionadas para começarem a ser produzidas coletivamente por esses grupos.
Devemos atentar que neste encontro utilizamos uma sala menor e percebemos uma aproximação maior do grupo. Elas se atentaram e se dedicaram mais para os jogos. Perceberam a importância do trabalho coletivo. Exemplo que nos deixou claro foi quando aplicamos o “Mosquito Africano”. No começo elas riam muito e se concentravam pouco, não conseguiam terminar o circulo, mas depois de algumas tentativas elas conseguiram encontrar um ritmo em conjunto.
Na contação de histórias elas parecem não perceber o que são momentos de opressão. Tentamos não tendenciá-las a esses momentos, pois o importante é que elas percebam sozinhas suas opressões. Depois de escolhidas as histórias ensaiamos as primeiras cenas, que são rápidas.
Para o próximo encontro foi pedido materiais que ajudem na peça. Poesia, música, filmes, desenhos, textos etc. Algumas alunas já até apresentaram idéias.
Essa ação é um primeiro contato com a cidade, sendo que a intenção é a ampliação desse dialogo para a formação de multiplicadores não só com alunos, mas também com professores, servidores e interessados em conhecer a metodologia de produção artística do TO naquela região.
Serão ao todo quatro encontros e contamos que no final do processo já tenhamos duas peças-fórum prontas para ser trabalhadas.
Ton Joslin
Ana Soranso
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Projeto TTS Desenvolve oficinas Demonstrativas no Colegio Barão do Rio Branco em Assaí
Relatoria parcial de desenvolvimento de Trabalho
Situação atual de desenvolvimento do Projeto:
Justificativa (Caso o calendário proposto não esteja sendo cumprido):
Municípios envolvidos nas atividades do Projeto:
Número de pessoas envolvidas diretamente nas atividades do Projeto:
Atividades planejadas:
Resultados alcançados:
Projeto Inicia Oficinas Permantes
Oficina Permanente no Col Estadual Ana Molina Garcia
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Projeto Inicia suas atividades no CCEP Castaldi
apresentação da Peça de Teatro-Jornal "Valor de Troca"
O Projeto "Teatro e Tranformação Social - Teatro do Oprimido nas Escolas" é vinculado ao subprograma "Diálogos Culturais" que compõe o Programa Universidade Sem Fronteiras, elaborado e desenvolvido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, (SETI) que é hoje, em investimento financeiro e capital humano a maior ação de extensão universitária em curso no Brasil. Desde outubro de 2007, equipes multidisciplinares compostas por educadores, profissionais recém-formados e estudantes das universidades e faculdades públicas do Estado do Paraná, trabalham em centenas de projetos, presentes hoje, em mais de 200 municípios.
Estudantes assistindo a apresentação
Segundo Gildemar Roberto Sales, um dos coordenadores do Projeto TO nas escolas , a parceria da FTO, com o projeto Semanas de Sociologia já vem de "longa data", marcada por uma militancia de ambos os grupos do que diz respeito a implantação das disciplinas de sociologia e filosofia no ensino médio.
Estudantes no pátio aguardando a apresentação
Palestras Realizadas :
"Estudar pra que? Por que? Teatro na Educação
Débora Oliveira - Estagiária
"Teatro e Transformação Social"
Tiago Patrocínio - Estagiário
"Ideologia e Alienação"
Marcelo Bezerra de Menezes - Estagiário
"Quando nós fazemos a noticia - A experiência do Grupo Oficina de TO"
Ana Carolina Silva - Colaboradora
Paulo César Pires - Coordenador de Campo
"Mídia e Comunicação de Massa"
Ana Soranso - Estagiária
"Protagonismo Juvenil"
Josemar Lucas - Coolaborador
Oficina de Teatro Jornal
Glauco Garcia - Coordenador (recem formado)
Gildemar Roberto Sales - Coordenador (recem Formado)