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domingo, 25 de outubro de 2009

Ofina de Formação de multiplicação em Rolândia

OFICINA DO DIA 23/10 NO COLÉGIO VILANUEVA – ROLÂNDIA /PR

A oficina deu-se no período da manhã onde 17 adolescentes participaram. Alguns deles já fizeram a escola de circo e outros (poucos) participaram da oficina de TO no projeto FERA.
Iniciamos com o exercício “Chuva Italiana” (ou colombiana?? Enfim, não lembro o nome!!). Na sequência, fizemos a demonstração de Teatro Fórum com o exercício “Os três que dizem não”. O exercício da segunda categoria utilizado foi a “Máquina de ritmos”, mas não houveram muitas adesões uma vez que eram sempre os mesmo que participavam, inclusive fizeram a “máquina do terror” mas, como a maioria dos adolescentes são mais tímidos, o exercício não foi finalizado (aumento da velocidade e redução desta até a estagnação) pois os estudantes ficaram facilmente cansados. O interessante deste exercício é que os alunos não tinham problema em se tocarem, o que fez a máquina ficar com mais “acessórios” e estes o aproximavam do movimento e da estrutura.
Em seguida fizemos o JICP “As duas revelações de Santa Tereza”, onde os alunos criaram problemáticas interessantes e, após a conclusão deste, a classe foi organizada para a contação de histórias. Nestas duas últimas “dinâmicas” foi notável uma maior participação dos alunos presentes, que pareciam (ao menos em sua maioria) pertencerem à mesma sala e/ou série. As histórias eram bem variadas e se aproximavam do “universo adolescente” e não apareceram, por exemplo, relatos de problemas no trabalho, o que é mais comum acontecer com pessoas que exercem algum tipo de profissão, mas apareceu situação de opressão com uma adolescente grávida. Porém o tem a que ficou delimitado foi a traição da melhor amiga através do “roubo” do namorado; tema que eles mesmos escolheram por identificação e alguns comentários interessantes sobressaíram a respeito.
A partir deste tema, foi solicitado que eles construíssem uma imagem sobre o assunto e quase todos participaram (apenas três ficaram de fora) e, para completar o exercício, a Débora pediu que eles fizessem um monólogo interior dos personagens ali representados, o que possibilitou uma maior dinâmica sobre a imagem. Depois eles justificaram sua postura neste exercício, por exemplo, a maioria das meninas tomaram partido da oprimida simulando situações em que a outra menina (opressora) sofria violência física (o que aconteceu na realidade, mas isso não vem ao caso agora) e alguns meninos representaram o lado do namorado simulando situações em que este era reverenciado por “ficar” com duas meninas ao mesmo tempo e os próprios alunos reconheceram o machismo introjetado existente em nossa sociedade a partir dessas observações. Na seqüência, a oprimida reproduziu cenicamente alguns momentos que se deu o embate realmente, sendo que a oprimida fez o papel da opressora possibilitando visualizar a forma que ela enxerga toda a situação.
Por último, dividimos os presentes em três grupos para ajudar na composição da peça onde cada um cuidou de aspectos específicos. Um grupo trabalhou a imagem (inclusive a cenografia do espaço), outro trabalhou com a palavra (formando versos e poesia para se encaixarem na peça) e, por último, o som (que foi criado a partir do próprio corpo dos presentes). O problema é que não deu tempo de verificar todos os trabalhos prontos e nem para o ensaio.

Érica Martins

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